domingo, 10 de maio de 2020

Questões de vestibular sobre escravidão no Brasil

Questões de vestibulares anteriores (Fuvest, Ufba, Cesgranrio, Ufes, Puc, Uerj, Ufpe, Ufpa, Ufc, Ufmg, Unicamp, Ufg, Ufrs, dentre outros) sobre escravidão no Brasil


1) (UFBA) O interesse inglês na extinção do tráfico negreiro no Brasil decorreu:

A) da necessidade de ampliação do mercado consumidor brasileiro para suas mercadorias;

B) da preocupação humanitária e filantrópica pela sorte dos escravos;

C) da necessidade de conversão dos africanos ao protestantismo;

D) da ampliação do mercado de escravos nas colônias inglesas;

E) do crescimento do processo de industrialização no Brasil.


2) Quando se afirma que, na estrutura econômica da formação social brasileira, as relações de produção eram escravistas, isto significa que:


A - as relações de produção escravistas eram as únicas que mereciam a proteção do Estado;

B - as relações de produção escravistas eram as únicas existentes na formação social brasileira;

C - tratava-se de uma estrutura econômica pouco produtiva do ponto de vista técnico, exigindo por isso grande número de trabalhadores;

D - as relações de produção escravistas subordinavam outros tipos de relação de produção e que a acumulação de capital se realizava fundamentalmente pela exploração do trabalho escravo;

E - os produtos que resultavam da atividade do trabalhador escravo eram os únicos a serem exportados para os outros setores de consumo externo, especialmente na Europa e África.


3) (UFPR) Através da Bula Sublimis Deus, de dois de junho de 1537, o papa Paulo III declarou que os índios eram verdadeiros homens, portanto capazes de aceitar a fé cristã. A Bula proibia a escravização e a espoliação de qualquer índio, convertido ou pagão. No Brasil, apesar disso, os índios foram escravizados por meio de diversos artifícios legais. Sobre a questão indígena no Brasil é correto afirmar:


1 - A legislação colonial ibérica tendeu a proibir a escravização dos indígenas, excluídos aqueles que fossem capturados em “guerras justas”.

2 - Os bandeirantes realizaram numerosas expedições de apresamento de índios, sendo responsáveis pela destruição das missões jesuíticas espanholas, dentre as quais a da região do Guairá.

4 - Nas lavouras açucareiras do Nordeste, entre os séculos XVI e XVII, o uso da mão-de-obra indígena foi paulatinamente sendo substituído pela exploração do escravo africano.

8 - O Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, para acabar com a influência dos jesuítas nas comunidades indígenas e no setor educacional, os expulsou de Portugal e de suas colônias.

16 - Os índios escravizados eram usados principalmente em tarefas domésticas.


SOMATÓRIA (______)


4) (FURG/RS) Em ordem cronológica, as leis que gradualmente extinguiram a escravidão no Brasil foram:


A - Ventre Livre, Áurea, Sexagenários, Eusébio de Queiroz;

B - Sexagenários, Eusébio de Queiroz, Áurea, Ventre Livre;

C - Eusébio de Queiroz, Ventre Livre, Sexagenários, Áurea;

D - Ventre Livre, Eusébio de Queiroz, Sexagenários, Áurea;

E - Áurea, Eusébio de Queiroz, Ventre Livre, Sexagenários.


5) (UNICSUL/SP) Leia atentamente a canção A mão da limpeza, do compositor Gilberto Gil, julgue as afirmativas e assinale conforme o código. Mesmo depois de abolida a escravidão negra é a mão de quem faz a limpeza, lavando a roupa encardida, esfregando o chão negra é a mão, é a mão da pureza, negra é a vida consumida ao pé do fogão negra é a mão nos preparando a mesa, limpando as manchas do mundo com água e sabão

I. A abolição pode ser considerada uma vitória dos cafeicultores do oeste paulista, que continuaram a adotar técnicas atrasadas de cultivo e a explorar os negros libertos como se ainda fossem escravos.

II. O movimento abolicionista foi obra de intelectuais, jornalistas, políticos e escritores, restringindo-se aos teatros e salões elegantes, o que impediu transformações estruturais na sociedade brasileira.

III. A maioria dos escravos negros continuou desempenhando papéis sociais subalternos depois da Abolição, devido a uma série de fatores, tais como: a falta de recursos financeiros, o baixo nível cultural e o descaso do Governo.

IV. A Abolição, apesar de ser uma vitória da luta dos escravos negros aliados ao movimento abolicionista, foi limitada e não conseguiu destruir totalmente a mentalidade escravista, que caracterizava a sociedade brasileira e que ainda pesa sobre o presente da nossa nação.

Quais estão certas?


A - Apenas I.

B - Apenas I e II.

C - Apenas II e III.

D - Apenas III e IV.

E - I, II, III, IV.


6) (FEPAR/PR) “É um fato histórico que a Monarquia só se fundou no Brasil por ser a garantia da escravidão. Foi, pois, a pele esticada do escravo, o tecido de que se fez, o manto imperial do Brasil.” (A Semana Política, José do Patrocínio) Em relação à questão do elemento servil no final do Império, assinale a alternativa INCORRETA:


A - Os cafeicultores do Oeste novo paulista, em sua maioria, apoiavam a abolição.

B - Os fazendeiros do Vale do Paraíba defendiam a manutenção do trabalho escravo.

C - O emancipacionismo defendia a extinção gradual do trabalho escravo.

D - A Lei do Ventre Livre é um exemplo da política emancipacionista do governo imperial.

E - A resistência dos escravos tornou-se mais ativa na última década do Império, sem encontrar apoio na sociedade.


7) (UFES) A maior demonstração de resistência dos negros escravizados no Espírito Santo contra a inumana e violenta escravidão completa este ano 150 anos de história. A Insurreição do Queimado assim como diversos outros movimentos e quilombos registrados no Estado demonstraram a organização do grande contingente negro aqui estabelecido durante o cativeiro. Podemos afirmar que a Insurreição:


A - ocorreu na região de São Mateus e foi motivada pela morte da princesa negra Zacimba Gaba, a maior liderança contra a escravidão no norte do Estado;

B - foi organizada por líderes negros, entre os quais Elisiário e Chico Prego, para exigir a liberdade dos negros do Queimado, atual região da Serra, no dia da inauguração da Igreja que tinham construído;

C - teve como principal motivo o ataque da força policial ao quilombo localizado na Serra, já que os negros revoltos, sob o comando de Benedito Meia-Légua, promoviam saques às fazendas;

D - ocorreu na região de Cachoeiro de Itapemirim, maior produtor de café na segunda metade do século XIX, onde se reunia o maior contingente de negros escravizados da província do Espírito Santo;

E - foi provocada pela chegada dos imigrantes alemães que se instalaram na colônia de Santa Izabel, atual Domingos Martins, e que substituíram a mão-de-obra negra no trabalho agrícola.


8) (CESGRANRIO/RJ) No Brasil, o quilombo foi uma das formas de resistência da população escrava. Sobre os quilombos no Brasil, é correto afirmar que a(o):


A - existência de poucos quilombos na região norte pode ser explicada pela administração diferenciada, já que, no Estado do Grão-Pará e Maranhão, a Coroa Portuguesa havia proibido a escravidão negra;

B - quase inexistência de quilombos no sul do Brasil se relaciona à pequena porcentagem de negros na região, e que também permitiu que lá não ocorressem questões ligadas à segregação racial;

C - população dos quilombos também era formada por indígenas ameaçados pelos europeus, brancos pobres e outros aventureiros e desertores, embora predominassem africanos e seus descendentes;

D - maior dos quilombos brasileiros, Palmares, foi extinto a partir de um acordo entre Zumbi e o governador de Pernambuco, que se comprometeu a não punir os escravos que desejassem retornar às fazendas;

E - maior número de quilombos se concentrou na região nordeste do Brasil, em função da decadência da lavoura cafeeira, já que os fazendeiros, impossibilitados de sustentar os escravos, incentivavam-lhes a fuga.


9) (FUVEST/SP) Durante o período colonial, o Estado português deu suporte legal a guerras contra povos indígenas do Brasil, sob diversas alegações; derivou daí a guerra justa, que fundamentou:


A - o genocídio dos povos indígenas, que era, no fundo, a verdadeira intenção da Igreja, do Estado e dos colonizadores;

B - a criação dos aldeamentos pelos jesuítas em toda a colônia, protegendo os indígenas dos portugueses;

C - o extermínio dos povos indígenas do sertão quando, no século XVII, a lavoura açucareira aí penetrou depois de ter ocupado todas as áreas litorâneas;

D - a escravização dos índios, pois, desde a antigüidade, reconhecia-se o direito de matar o prisioneiro de guerra, ou escravizá-lo;

E - uma espécie de "limpeza étnica", como se diz hoje em dia, para garantir o predomínio do homem branco na colônia.


10) (UFMG) Considerando-se a população escrava negra no Brasil até o final do século XVIII, é correto afirmar que houve:


A - crescimento vegetativo constante, devido à ausência de qualquer tipo de controle de natalidade junto à população escrava;

B - declínio progressivo da população negra alforriada, em razão da necessidade de se manter a mão-de-obra escrava;

C - equilíbrio entre os escravos do sexo feminino e masculino, com o objetivo de garantir o crescimento da população cativa;

D - necessidade de repor constantemente a mão-de-obra escrava com negros trazidos da África, para suprir uma forte demanda.


11) (UFJF/MG) "São pois os ditos índios aqueles que vivendo livres e sendo senhores naturais das suas Terras, foram arrancados delas com suma violência e tirania (...) até chegarem às terras de São Paulo onde os moradores serviam e servem deles como escravos." (Antônio Vieira – 1692)

"Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar a fazenda, nem ter engenho corrente. (...) Os de Cabo Verde e São Tomé são mais fracos. Os de Angola, criados em Luanda, são mais capazes de aprender ofícios mecânicos. (...)" (Antonil – 1711)

Podemos perceber, através dos trechos citados acima, que índios e negros participaram da construção da história brasileira a partir de diferentes circunstâncias, mas ambos, igualmente, foram vítimas de um forte processo de exclusão social. Com base nessa reflexão, assinale a alternativa incorreta:


A - No início da colonização, recorreu-se à escravização da mão-de-obra indígena, rompendo as relações amistosas dos primeiros contatos entre portugueses e nativos.

B - As epidemias e as mortes por trabalho forçado, ao causarem rápido decréscimo da população nativa, bem como as pressões jesuíticas contrárias à sua escravização, constituíram importantes obstáculos à transformação do índio em principal força de trabalho.

C - Embora exercessem funções mais especializadas, como a de ferreiros e carpinteiros, os escravos africanos eram fundamentalmente utilizados nas atividades agrícolas e mineradoras.

D - A expulsão dos índios de suas terras, sua escravização, bem como o seu aldeamento nas missões jesuíticas, contribuíram para a dissolução de seus padrões culturais.

E - O tráfico de escravos africanos era uma atividade da qual participavam somente elementos da Corte Portuguesa – burocratas e grandes proprietários – através do comércio triangular África – Lisboa – Brasil.


12) (UNIRIO/RJ) Art. 1º. As embarcações brasileiras encontradas em qualquer parte, as estrangeiras encontradas nos portos, enseadas, ancoradouros, ou mares territoriais do Brasil, tendo a seu bordo escravos, cuja importação é proibida por Lei de 7 de novembro de 1831, ou havendo-se desembarcado, serão apreendidas pelas autoridades, ou pelos navios de guerra brasileiros, e consideradas importadoras de escravos. (Lei nº. 531 de 4 de setembro de 1850. Estabelece medidas para a repressão do tráfico de africanos neste Império. In: Organizações e programas ministeriais. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1982.) A respeito dos diversos resultados que a lei acima trouxe para a situação da mão-de-obra, no Império, podemos afirmar corretamente que o (a):


A - acesso à terra, como uma forma de atrair os imigrantes dispostos a trabalhar no país, foi facilitado;

B - fracasso da experiência da parceria desestimulou a política de imigração no Império, a qual só foi retomada na República;

C - existência do comércio interno de escravos resolveu completamente a demanda de mão-de-obra da cafeicultura do Centro-Sul;

D - lei favoreceu o sucesso das experiências ligadas às colônias de parceria, principalmente aquelas empreendidas pelo senador Vergueiro;

E - intensificação do tráfico interprovincial transferiu grandes contingentes de escravos do Norte para o Centro-Sul do país.


13) (UFRGS) Leia o texto: "Rio Branco defendia seu projeto, argumentando que oferecia a mais razoável e moderada de todas as soluções. Visava a restabelecer a tranquilidade pública e a prosperidade ameaçada, e, sobretudo, a restaurar a confiança dos proprietários que não podiam continuar na incerteza que viviam, aterrorizados pelo espectro da abolição. A resistência à mudança, argumentava ele, teria o efeito de instigar o descontentamento público, a tal ponto que uma medida conciliatória e moderada já não seria mais aceitável. O projeto oferecia grandes vantagens aos proprietários: condenava a escravidão a desaparecer a longo prazo, sem abalo para a economia, dando aos proprietários bastante tempo para se acomodarem sem dificuldades à nova situação. E o que era ainda mais importante: respeitava o direito de propriedade.." (Adaptado de: COSTA, Emília Viotti da. A abolição. São Paulo: Global, 1982.) No século XIX, no Império do Brasil, foram debatidos e aprovados muitos projetos relacionados à questão da escravidão. A qual medida o texto acima se refere?


A - À Lei do Ventre Livre.

B - Ao Bill Aberdeen.

C - À Lei dos Sexagenários.

D - À Lei Eusébio de Queiroz.

E - À Lei Áurea.


14) (UFF/RJ) Nos últimos anos, estudos acerca da escravidão têm revelado uma sociedade na qual os negros, mesmo submetidos a condições subumanas, foram sujeitos de sua própria história. Sobre a atitude rebelde dos cativos, assegura-se que:


A - tarefas malfeitas e incompletas atestavam a veracidade dos argumentos sobre a ignorância dos escravos, o que impossibilitava a organização de movimentos rebeldes;

B - a vigilância e fiscalização do feitor impediam a rebeldia, restringindo as alternativas de contestação à fuga e ao suicídio;

C - as revoltas raramente ocorriam, pois, considerados mercadorias, os escravos se reconheciam como coisas e não como humanos;

D - a rebeldia negra apoiou-se, sobretudo, na manutenção, por parte dos cativos, de seus valores culturais;

E - o levante dos malês, em 1835, tinha forte conteúdo étnico, o que explica a excepcionalidade desse motim ocorrido na Bahia.


15) (ULBRA/RS) A vinda da Família Real para o Brasil trouxe não apenas uma elite acuada pelas pressões internacionais, mas também os interesses econômicos ingleses traduzidos por taxas alfandegárias e pela discussão em torno da mão-de-obra utilizada na Colônia. Esta discussão precipitou alguns tratados que visavam:


A - ao fim do tráfico de escravos e a abolição do trabalho compulsório, que veio a ser sugerido na forma de lei em 1831;

B - ao recadastramento de todos os eleitores, independente do caráter censitário dos cargos;

C - à rearticulação dos acordos internacionais privilegiando as ações do Leste Europeu e dos planos trienais;

D - à manutenção do pacto colonial inglês e associação da elite brasileira ao projeto industrial de Manchester;

E - ao apoio aos tenentes e ao grupo dos 18 do forte na sua marcha pelos setores econômicos do Nordeste e do Centro-Oeste.


16) (UERJ) Em 1988, quando se comemorou o centenário da Lei Áurea, comentava-se em muitas cidades do Brasil, de forma irônica, que existiria uma cláusula no texto dessa lei que revogaria a liberdade dos negros depois de cem anos de vigência. O surgimento de tais comentários está relacionado à seguinte característica social:


A - surgimento do aphartheid;

B - permanência do racismo;

C - formação da sociedade de classe;

D - decadência do sistema de estamentos.


17) (FUVEST/SP) Ao longo do século XVII, vegetais americanos, como a batata-doce, o milho, a mandioca, o ananás e o caju, penetraram no continente africano. Isso deve ser entendido como:


A - parte do aumento do tráfico negreiro, que estreitou as relações entre a América portuguesa e a África e fez do sistema sul-atlântico o mais importante do Império Português;

B - início do alinhamento crescente de Portugal com a Inglaterra, que pressupunha a consolidação da penetração comercial no interior da África;

C - fruto de uma política sistemática de Portugal no sentido de anular a influência asiática e consolidar a americana no interior de seu Império;

D - imposição da diplomacia adotada pela dinastia dos Braganças, que desejava ampliar a influência portuguesa no interior da África, região controlada por comerciantes espanhóis;

E - alternativa encontrada pelo comércio português, já que os franceses controlavam as antigas possessões portuguesas no Oriente e no estuário do Prata.


18) (FATEC) Em 4 de setembro de 1850, foi sancionada no Brasil a Lei Eusébio de Queirós (ministro da Justiça), que abolia o tráfico negreiro em nosso país. Em decorrência dessa lei, o governo imperial brasileiro aprovou outra, "a Lei de Terras".


Dentre as alternativas a seguir, assinale a correta.


a) A Lei de Terras facilitava a ocupação de propriedades pelos imigrantes que passaram a chegar ao Brasil.

b) A Lei de Terras dificultou a posse das terras pelos imigrantes, mas facilitou aos negros libertos o acesso a elas.

c) O governo imperial, temendo o controle das terras pelos coronéis, inspirou-se no "Act Homesteade" americano, para realizar uma distribuição de terras aos camponeses mais pobres.

d) A Lei de Terras visava a aumentar o valor das terras e obrigar os imigrantes a vender sua força de trabalho para os cafeicultores.

e) O objetivo do governo imperial, com esta lei, era proteger e regularizar a situação das dezenas de quilombos que existiam no Brasil.


19) (UERGS) Nação pioneira do processo de industrialização (século XVIII), a Inglaterra passou a difundir internacionalmente os princípios do liberalismo econômico como forma de destruir os monopólios, ampliar o mercado consumidor para os seus produtos e obter matéria-prima a baixo preço para as suas fábricas. Nesse contexto, a Inglaterra desencadeou uma campanha de combate ao tráfico negreiro, forçando sua extinção. Em 1845, o Parlamento britânico aprovou uma lei que permitiu à Marinha de Guerra Inglesa perseguir e aprisionar os "tumbeiros" - os navios negreiros - em qualquer ponto do Atlântico. O texto acima está relacionado com a Lei:


A - Bill Aberdeen;

B - Visconde do Rio Branco;

C - Eusébio de Queirós;

D - Saraiva Cotegipe;

E - Áurea.


20) (UFC) Em sua obra O Abolicionismo, Joaquim Nabuco afirma: "Para nós a raça negra é um elemento de considerável importância nacional, estreitamente ligada por infinitas relações orgânicas à nossa constituição, parte integrante do povo brazileiro. Por outro lado, a emancipação não significa tão somente o termo da injustiça de que o escravo é martyr, mas também a eliminação simultânea dos dois typos contrários, e no fundo os mesmos: o escravo e o senhor." (NABUCO, Joaquim. O Abolicionismo. Edição fac-similar. Recife. Fundação Joaquim Nabuco. Ed. Massangana. 1988. p. 20) Em relação à condição do negro na sociedade brasileira, é correto afirmar que:

A - a abolição representou uma perda total da mão-de-obra pelos antigos senhores;

B - o fim da escravidão possibilitou ao negro liberto a integração no mercado de trabalho e o livre acesso à terra;

C - as Sociedade Libertadoras tinham como objetivo principal promover a integração do ex-escravo na sociedade, garantindo-lhe os direitos de cidadania;

D - a diferença entre o processo abolicionista ocorrido nos Estados Unidos da América e o ocorrido no Brasil foi a ausência de preconceito racial em nosso país;

E - o negro livre permaneceu à margem do universo cultural estabelecido por uma sociedade regida pelo branco e continuou sujeito ao preconceito e a novos mecanismos de controle social.


21) (UFPE) Como parte do projeto de colonização do Brasil, os colonos portugueses exploraram, além da mão-de-obra africana, terras e mão-de-obra indígena. Avalie as afirmações seguintes.


A - O monopólio do pau-brasil somente foi concedido ao nobre Fernando de Noronha, graças ao capital que este disponibilizou em contrato para a Coroa. Segundo o contrato, esse capital seria destinado à obtenção de madeira de qualidade e ao trabalho indígena escravo ou semi-escravo, na ilha que recebeu o seu nome.

B - Como Colônia portuguesa, cabia ao Brasil gerar lucros para sua metrópole, a fim de garantir o sustento e a manutenção do comércio com as Índias. Pedras preciosas, ouro e prata foram riquezas extraídas logo após o descobrimento do Brasil.

C - Através das Capitanias Hereditárias, o rei D. João III organizou o território indígena brasileiro, nomeando para as diversas capitanias donatários, que governaram com o auxílio de lideranças indígenas, as quais ocuparam cargos administrativos da maior importância.

D - Na disputa por terras com nativos, a ordem portuguesa era guerrear e fazer uma limpeza do terreno dos índios não-aliados, em benefício da colonização. Fundamentaram suas ações em um novo conceito de guerra - a justa.

E - A Confederação dos Cariris e a dos Tamoios foram organizadas a partir das invasões do território dos índios e da imposição da escravidão, como resposta à "nova política de colonização" portuguesa.


22) (FAVIC/BA) "Mas como pode um homem escravizar outro homem? O homem negro não é melhor que o homem branco, nem pior a pele branca não é pior que a vermelha, nem melhor a pele negra, branca, vermelha, amarela é apenas a roupa que veste um homem" (Nascimento & Brant. In: Alencar et al, p. 42) Os versos da canção se reportam ao processo de escravidão no Brasil. Em relação a esse assunto, pode-se afirmar:


A - A lavoura cafeeira, dependente exclusivamente do trabalho escravo, sofreu grande declínio após a abolição, por falta de mão-de-obra.

B - A entrada de africanos no Brasil se inicia a partir das invasões holandesas, no Nordeste, pela necessidade de aumentar a produção açucareira.

C - A pressão político-militar da Inglaterra para acabar com o tráfico negreiro era uma exigência do capitalismo industrial, na busca de novos compradores para os produtos industrializados.

D - A abolição da escravatura modificou a vida da população negra, uma vez que, através de sua emancipação jurídica, foram criadas as condições para que os escravos saíssem da marginalidade social.

E - A campanha abolicionista foi um movimento iniciado ainda no Período Colonial, porque a escravidão sempre gerou resistência não só por parte dos escravos, mas também dos católicos, que não a aceitavam.


23) (UFC-CE) Por aproximadamente três séculos, as relações de produção escravista predominaram no Brasil, em especial nas áreas de plantation e de mineração. Sobre este sistema escravista é correto afirmar que:


a) impediu as negociações entre escravos e senhores, daí o grande número de fugas.

b) favoreceu ao longo dos anos a acumulação de capital em razão do tráfico negreiro.

c) possibilitou a cristianização dos escravos, fazendo desaparecer as culturas africanas.

d) foi combatido por inúmeras revoltas escravas, como a dos Malês e a do Contestado.

e) foi alimentado pelo fluxo contínuo de mão de obra africana até o momento de sua extinção em 1822.


24) “Nos mais de trezentos anos de existência da escravidão africana na América, e nos anos em que existiu a escravidão indígena, as populações escravizadas resistiram de diferentes formas ao processo de escravidão. Resistir, entretanto, não significa aqui suportar, mas sim lutar contra a dominação imposta, buscar a liberdade.”


JUNIOR, Roberto Catelli. História: texto e contexto. São Paulo: Scipione, 2006. p. 300.


Durante o período colonial e imperial, a resistência dos africanos escravizados contra a escravidão ocorreu de várias formas. Dentre elas, estavam lutas contra os governos que foram organizadas por escravos ou que tiveram como uma de suas reivindicações o fim da escravidão. Dentre as revoltas abaixo com essas características, não podemos incluir:


a) Revolta Farroupilha

b) Revolta dos Malês

c) Confederação do Equador

d) Balaiada


25) Leia abaixo um trecho de uma entrevista de Abdias do Nascimento, escritor, político e militante do movimento negro:

 “Os cultos afro-brasileiros eram uma questão de polícia. Dava cadeia. Até hoje, nos museus da polícia do Rio de Janeiro ou da Bahia, podemos encontrar artefatos cultuais retidos. São peças que provavam a suposta delinquência ou anormalidade mental da comunidade negra. Na Bahia, o Instituto Nina Rodrigues mostra exatamente isso: que o negro era um camarada doente da cabeça por ter sua própria crença, seus próprios valores, sua liturgia e seu culto. Eles não podiam aceitar isso.”

Retirado do Portal Afro: <http://www.portalafro.com.br/entrevistas/abdias/internet/abdias.htm> acessado em 25/09/2013.

A partir do trecho acima citado, é possível afirmar que:

a) apesar da escravidão a que estavam sujeitos, os africanos sempre tiveram autonomia para praticar seus cultos religiosos.

b) ao chegarem ao Brasil e passarem a conviver com os europeus, os africanos escravizados foram paulatinamente perdendo seus traços culturais originais, adotando ao final integralmente a cultura europeia.

c) mesmo com todo o tipo de repressão a que estavam sujeitos, os africanos escravizados ainda buscaram manter vivas suas tradições culturais religiosas.

d) Nina Rodrigues e seus seguidores estavam certos ao afirmarem que os africanos eram degenerados por não aceitarem a cultura europeia como superior às suas.

26) (UFPE) As razões que fizeram com que no Brasil colonial e mesmo durante o império a escravidão africana predominasse em lugar da escravidão dos povos indígenas podem ser atribuídas a (à):


a) setores da Igreja e da Coroa que se opunham à escravização indígena; fugas, epidemias e legislação antiescravista indígena que a tornaram menos atraente e lucrativa.

b) religião dos povos indígenas, que proibia o trabalho escravo. Preferiam morrer a ter que se se submeterem às agruras da escravidão que lhes era imposta nos engenhos de açúcar ou mesmo em outros trabalhos.

c) reação dos povos indígenas, que, por serem bastante organizados e unidos, toda vez que se tentou capturá-los, eles encontravam alguma forma de escapar ao cerco dos portugueses.

d) ausência de comunicação entre os portugueses e os povos indígenas e à dificuldade de acesso ao interior do continente, face ao pouco conhecimento que se tinha do território e das línguas indígenas.

e) um enorme preconceito que existia do europeu em relação ao indígena, e não em relação ao africano, o que dificultava enormemente o aproveitamento do indígena em qualquer atividade.


27) (UFMG) Leia este trecho de documento: Pela presente, por um de nós escrita e por ambos assinada, declaramos que, desejando comemorar por um ato digno da Religião de Cristo, o redentor, e de humanidade, o aniversário que hoje celebramos, e atendendo aos serviços que já tem nos prestado o pardo Sabino, nosso escravo, temos de comum acordo e de muita nossa livre e espontânea vontade, resolvido conferir ao mesmo, como conferimos, a sua liberdade, podendo conduzir-se como se de ventre livre fosse nascido: com a cláusula porém de continuar a servir-nos, ou a pessoa por qualquer de nós designada, ainda por espaço de cinco anos a partir desta data.

(Registro de uma carta de liberdade conferida, em 1866, pelo Dr. Agostinho Marques Perdigão Malheiro e sua mulher ao pardo Sabino. Citado por CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.p. 140.) Com relação à conjuntura histórica em que foi abolida a escravidão e com base nas informações contidas nesse trecho, é correto afirmar que:


A - a extinção da escravidão se deu de forma abrupta, sendo que as elites abolicionistas optaram por uma estratégia radical de enfrentamento com a Coroa, o que causou grandes traumas sociais;

B - as soluções encontradas para o problema da escravidão não escaparam ao controle político da Igreja Católica, que acabou impondo aos fiéis da elite uma teoria particular do abolicionismo;

C - o debate sobre a abolição trouxe à tona as ambiguidades das atitudes políticas de uma parte da elite brasileira, que julgava o ato de emancipação uma benesse, pela qual o ex-escravo deveria pagar;

D - os problemas ligados à escravidão se atenuaram ao longo do século XIX, quando o crescimento das revoltas escravas suprimiu conflitos entre os negros e as elites rurais.


28) (PUC-RS) Responder à questão com base nas afirmativas a seguir, sobre o movimento abolicionista no Brasil, na segunda metade do século XIX.


I. A campanha abolicionista reforçava-se pela pressão antiescravista internacional e pelo fato de o Brasil ser o último país independente a manter a escravidão após 1865.

II. O movimento abolicionista tinha a participação de setores agrários não-vinculados à escravidão e das camadas médias urbanas: intelectuais, profissionais liberais e estudantes universitários.

III. Importantes setores do abolicionismo viam a necessidade de serem criados meios de integração dos negros à sociedade, na condição de trabalhadores assalariados, após aabolição.

Pela análise das afirmativas, conclui-se que:


A - Apenas a I está correta

B - apenas a III está correta

C - apenas a I e a II estão corretas

D - apenas a II e a III estão corretas

E - a I, a II e a III estão corretas


29) (FUVEST/SP) Número de escravos africanos trazidos ao Brasil:










Pelos dados apresentados, pode-se concluir que, no século XIX:


A - a importação de mão-de-obra escrava diminuiu em decorrência da crise da economia cafeeira;

B - o surto industrial da época de Mauá trouxe como conseqüência a queda da importação de mão-de-obra escrava;

C - a expansão da economia açucareira desencadeou o aumento de mão-de-obra livre em substituição aos escravos;

D - a proibição do tráfico negreiro provocou alteração no abastecimento de mão-de-obra para o setor cafeeiro;

E - o reconhecimento da independência do Brasil pela Inglaterra causou a imediata diminuição da importação de escravos.


30) (UFPE) As condições de vida dos escravos nos engenhos de açúcar eram precárias, marcadas pela violência e por constantes punições. É importante afirmar que a existência de escravos na sociedade colonial brasileira contribuiu para sedimentar desigualdades e dificultar a luta contra a metrópole portuguesa. Assim, a escravidão nesse período:


A - serviu de base para a sustentação econômica da colônia, embora se restringisse apenas à zona rural;

B - não se estendeu à pecuária, onde o trabalho indígena foi aproveitado com grande eficiência;

C - não apresentou resistência à prática violenta dos senhores; muitos escravos fugiam ou praticavam o suicídio;

D - serviu, como mão-de-obra, para consolidar o patriarcalismo e o desprezo pelo trabalho manual;

E - foi praticada apenas nas regiões onde houve grande produção agrícola para exportação.



GABARITO 1:


1) A

2) D

3) 15

4) C

5) D

6) E

7) B

8) C

9) D

10) D

11) E

12) E

13) A

14) D

15) A

16) B

17) A


18) Alternativa “d”. A Lei de Terras, implantada no Brasil após o fim do tráfico negreiro transatlântico, tinha em vista um modo de se valer de uma nova força de trabalho que provinha da Europa com as grandes imigrações do século XIX. Essa lei, entretanto, acabou por impor dificuldades aos colonos europeus, sobretudo no que se refere à possibilidade de adquirir suas próprias terras.


19) A

20) E

21) A, D, E

22) C

23) Alternativa “b”. A letra A está incorreta porque em muitos momentos havia negociações entre escravos e senhores, o que garantia alforrias e trabalhos no âmbito doméstico, não sendo esse o motivo das fugas; em C é afirmado que houve uma cristianização total e o desaparecimento da cultura africana, tal afirmativa é incorreta porque houve mais um sincretismo que a predominância de um sobre outro; em D é afirmado que a revolta do Contestado era uma revolta escrava, o que não é verdade; e em E existe a afirmação de que o tráfico encerrou-se em 1822, o que não ocorreu, pois mesmo com legislações posteriores, o tráfico continuou a acontecer até a abolição da escravidão.

24) Alternativa “a”. A Revolta Farroupilha foi uma revolta da elite proprietária de terras no sul do Brasil, que apenas garantiu alforria aos escravos que dela participaram, não prevendo o fim da escravidão.

25) Alternativa “c”. A resistência cultural africana se manteve durante todo o período da escravidão e também depois, sendo possível ainda hoje haver espaços criados pelos afrodescendentes para se expressarem culturalmente.


26) Alternativa “a”. A alternativa B está incorreta porque a religião indígena não era um impedimento para a escravidão, já que os portugueses não se importavam com isso; C está incorreta porque mesmo a resistência indígena não impediu a escravização em muitos casos, sendo que na maioria das vezes não conseguiam fugir; D está incorreta em razão de haver sim comunicação entre europeus e indígenas, além de o interior do Brasil ter sido acessado, inclusive com o objetivo do apresamento de indígenas pelos bandeirantes paulistas; e E está incorreta porque o preconceito do europeu era tanto contra o indígena quanto com o africano.


27) C

28) E

29) D

30) D


---------------------------------------------------------------------------------------------------------------



31) (UFMT) Tendo como um de seus pilares de sustentação o regime da escravidão, o Estado Monárquico brasileiro enfrentou um dos maiores impasses – a promoção do fim da escravidão e a busca de alternativas para a mão-de-obra interna. Triunfou o projeto:


A - imposto pelos escravos e ex-escravos que resistiram com violência à escravidão;

B - intelectual, defendido pelo Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, baseado na teoria positivista;

C - gradual da abolição, defendido pela elite dirigente;

D - real, proposto e defendido pela Família Real;

E - haitiano, garantindo em um primeiro momento a vitória dos escravos.


32) A respeito da escravidão no Brasil colônia marque a opção incorreta:


A) Os primeiros escravos negros chegaram ao Brasil entre 1654 e 1662, na Capitania da Bahia, primeira parte da colônia onde a cultura canavieira desenvolveu-se efetivamente.

B) A Lei Eusébio de Queirós, aprovada em 4 de setembro de 1850, durante o segundo reinado do império brasileiro, tinha como principal objetivo proibir o tráfico atlântico de escravos, vindos do continente africano ao Brasil.

C) A Lei do Ventre Livre, também conhecida como Lei Rio Branco, foi promulgada em 28 de setembro de 1871 e determinava que os filhos de mulheres escravizadas nascidos a partir desta data ficariam livres.

D) A abolição da escravidão no Brasil se deu com a assinatura da Lei Áurea em 13 de maio de 1888.


33) (UEL/PR) "[...] Nas grandes fazendas de café, [...] a maior parte dos escravos se ocupava do serviço de roça. Esse era o trabalho de José, embora tivesse, depois da sua chegada, aprendido alguma coisa de carpintaria. [...] Não demorou muito José percebeu que os ritmos do trabalho não tinham somente os sons do chicote e da gritaria imposta pelos feitores. Aprendeu e logo se animava com os vissungos, cantigas africanas. Sob formas de versos cifrados, repetidos refrões e com significados simbólicos, também serviam como senhas, por meio das quais resenhavam suas vidas e expectativas e mesmo avisavam uns aos outros sobre a aproximação de um feitor. O ’ngoma’ – como diziam – podia estar perto. A despeito da violência e péssimas condições, tentar de.nir alguns sons e ritmos do trabalho era uma face fundamental da organização de suas próprias vidas escravas." (GOMES, Flávio. O cotidiano de um escravo. Folha de S.Paulo. São Paulo, 24 ago. 2003. Caderno Mais!, p. 9.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a escravidão no Brasil, assinale a alternativa que interpreta de maneira adequada as estratégias presentes no cotidiano dos escravos:


A - Entre os escravos, formas de comunicação e sociabilidade alternativas foram eliminadas pelo uso constante da violência e da vigilância dos senhores.

B - O escravo africano redefinia sua identidade social reagindo contra a alienação imposta pela cultura do trabalho baseada na escravidão.

C - Ao utilizar cantigas africanas para amenizar o trabalho árduo, os escravos criaram estratégias simbólicas dissociadas da resistência, já que esta última se reduzia à formação dos quilombos.

D - A condição do escravo como simples instrumento de trabalho para lavrar a terra impossibilitou a negociação de relações sociais diferenciadas, como, por exemplo, o aprendizado de outros ofícios.

E - A comunicação por meio de sinais durante o trabalho limitava-se a evitar os castigos corporais, sendo irrelevante para a constituição de uma identidade social entre os escravos.


34)










Foto de militão, São Paulo, 1879.

ALENCASTRO, L. F. (org). História da vida privada no Brasil.

Império: a corte e a modernidade nacional. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.


Que aspecto histórico da escravidão no Brasil do séc. XIX pode ser identificado a partir da análise do vestuário do casal retratado acima?


a) O uso de trajes simples indica a rápida incorporação dos ex-escravos ao mundo do trabalho urbano.

b) A presença de acessórios como chapéu e sombrinha aponta para a manutenção de elementos culturais de origem africana.

c) O uso de sapatos é um importante elemento de diferenciação social entre negros libertos ou em melhores condições na ordem escravocrata.

d) A utilização do paletó e do vestido demonstra a tentativa de assimilação de um estilo europeu como forma de distinção em relação aos brasileiros.

e) A adoção de roupas próprias para o trabalho doméstico tinha como finalidade demarcar as fronteiras da exclusão social naquele contexto.


35) (Fuvest – 2012) Os indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas na “preferência” pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com os colonos empenhados nesse “gênero de vida”; a acumulação gerada no comércio de africanos, entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento dessa “mercadoria”. Esse talvez seja o segredo da melhor “adaptação” do negro à lavoura ... escravista. Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana colonial, e não o contrário.

Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1979, p. 105. Adaptado.

Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa,


a) os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso a metrópole optou pelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis.

b) os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas, o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a obtenção, na África, daqueles trabalhadores.

c) o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocupavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto que outros os consideravam uma “mercadoria”.

d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu decisivamente para que, a partir de certo momento, também escravos africanos fossem empregados na lavoura, o que resultou em um lucrativo comércio de pessoas.

e) o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta precisava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de colonização.


36) (Unesp – 2012) Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada. (...) O comércio transatlântico (...) fazia parte de um processo de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa.

(Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008. Adaptado.)


Ao caracterizar a escravidão na África e a venda de escravos por africanos para europeus nos séculos XVI a XIX, o texto:


a) reconhece que a escravidão era uma instituição presente em todo o planeta e que a diferenciação entre homens livres e homens escravos era definida pelas características raciais dos indivíduos.

b) critica a interferência europeia nas disputas internas do continente africano e demonstra a rejeição do comércio escravagista pelos líderes dos reinos e aldeias então existentes na África.

c) diferencia a escravidão que havia na África da que existia na Europa ou nas colônias americanas, a partir da constatação da heterogeneidade do continente africano e dos povos que lá viviam.

d) afirma que a presença europeia na África e na América provocou profundas mudanças nas relações entre os povos nativos desses continentes e permitiu maior integração e colaboração interna.

e) considera que os únicos responsáveis pela escravização de africanos foram os próprios africanos, que aproveitaram as disputas tribais para obter ganhos financeiros.


37) (Unesp – 2012) Leia o texto a seguir.


Nas primeiras três décadas que se seguiram à passagem da armada de Cabral, além das precárias guarnições das feitorias [...], apenas alguns náufragos [...] e “lançados” atestavam a soberania do rei de Portugal no litoral americano do Atlântico Sul.

(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação, 2008.)


Os lançados citados no texto eram:


a) funcionários que recebiam, da Coroa, a atribuição oficial de gerenciar a exploração comercial do pau-brasil e das especiarias encontradas na colônia portuguesa.

b) militares portugueses encarregados da proteção armada do litoral brasileiro, para impedir o atracamento de navios de outros países, interessados nas riquezas naturais da colônia.

c) comerciantes portugueses encarregados do tráfico de escravos, que atuavam no litoral atlântico da África e do Brasil e asseguravam o suprimento de mão de obra para as colônias portuguesas.

d) donatários das primeiras capitanias hereditárias, que assumiram formalmente a posse das novas terras coloniais na América e implantaram as primeiras lavouras para o cultivo da cana-de-açúcar.

e) súditos portugueses enviados para o litoral do Brasil ou para a costa da África, geralmente como degredados, que acabaram por se tornar precursores da colonização.


38) (Unicamp simulado 2011) Os ventos e as correntes marítimas constituíam um entrave considerável ao tráfico de escravos índios pela costa do Atlântico Sul. Ao contrário, nas travessias entre Brasil e Angola, zarpava-se com facilidade de Pernambuco, da Bahia e do Rio de Janeiro, até Luanda ou a Costa da Mina.

(Adaptado de Luiz Felipe de Alencastro, O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul (séculos XVI e XVII). São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 61-63.)


Podemos relacionar as condições geográficas brasileiras ao sistema de exploração colonial na medida em que


a) a dificuldade de fazer o tráfico de escravos índios do norte para o sul da colônia pela navegação litorânea levou os habitantes do sul a penetrarem o interior por terra, a fim de buscar uma outra via para a captura de nativos.

b) a facilidade da travessia entre Brasil e Angola levou ao desenvolvimento do tráfico de escravos africanos, forma encontrada pelas capitanias do sul da colônia para compensar a falta de escravos índios para suas lavouras de café.

c) o tráfico de escravos índios do norte para o sul era feito parcialmente por terra, expandindo o território além da linha de Tordesilhas, o que levou ao povoamento e desenvolvimento do interior da colônia em detrimento do litoral.

d) a dificuldade da navegação litorânea para o tráfico de escravos índios e o alto custo da navegação atlântica para o tráfico de escravos africanos fizeram com que a lavoura paulista se desenvolvesse com a mão de obra livre.


39) (Unesp – 2010) Sobre o emprego da mão de obra escrava no Brasil colonial, é possível afirmar que:


a) apenas africanos foram escravizados, porque a Igreja Católica impedia a escravização dos índios.

b) as chamadas “guerras justas” dos portugueses contra tribos rebeldes legitimavam a escravização de índios.

c) interesses ligados ao tráfico negreiro controlado pelos holandeses forçavam a escravização do africano.

d) os engenhos de açúcar do Nordeste brasileiro empregavam exclusivamente indígenas escravizados.

e) apenas indígenas eram escravizados nas áreas em que a pecuária e o extrativismo predominavam.


40) (UFPA – 2008) Sobre os padres jesuítas, a Lei de 28 de abril de 1688 determinava o seguinte:

"serão obrigados a fazer os resgates não só nas missões ordinárias e suas residências, mas para este efeito entrarão todos os anos em diversos tempos pelos sertões com a gente que entenderem necessária e cabos de escolta a sua satisfação, que uma e outra coisa lhe mandara dar prontamente nas ditas ocasiões o meu governador e capitão-general".

"Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro", v. 66 (1948), p. 98.


Essa Lei atribuía aos jesuítas a prática dos resgates, os quais consistiam em:


a) guerras contra os índios e a libertação de prisioneiros portugueses feitos por eles.

b) lutas contra os muitos quilombos de africanos fugidos e o resgate desses escravos para devolução aos seus senhores.

c) guerras contra os estrangeiros que invadiam os territórios da Amazônia portuguesa para escravizar os índios, e transformá-los em mão de obra nas propriedades agrícolas.

d) expedições em direção ao sertão para a compra de prisioneiros índios cativados nas guerras entre as próprias nações indígenas, os quais eram considerados escravos pelos portugueses.

e) capturas de índios do sertão pelos colonizadores, para a formação de núcleos próximos às grandes cidades a fim de evitar a formação de quilombos.


41) É correto dizer que o tráfico negreiro transatlântico contou, em grande parte, com a participação decisiva:


a) dos nativos africanos que, voluntariamente, ofereciam-se ao processo de escravidão.

b) dos poderosos reinos africanos, que já praticavam a escravidão há séculos.

c) dos poderosos reinos pré-colombianos, que já haviam dado início à escravização de africanos antes mesmo do descobrimento da América.

d) dos chineses, que também tinham interesse no uso da mão de obra escrava negra em suas plantações de soja.

e) dos japoneses, que também tinham interesse no uso da mão de obra escrava negra em suas plantações de arroz.



42) Além da política que estimulava a imigração de europeus para o Brasil, um dos efeitos do fim do tráfico negreiro transatlântico foi:


a) o início da negociação de escravos entre o Brasil e o Sul dos Estados Unidos.

b) a intensificação da atividade da Ku Klux Klan em solo brasileiro.

c) a intensificação do tráfico negreiro interprovincial em solo brasileiro.

d) a intensificação do processo de alforria em massa dos escravos negros nascidos no Brasil.

e) a ação de traficantes clandestinos (piratas) que vendiam os negros em um mercado paralelo.


43) Na década de 1880, o movimento abolicionista conquistou força, e o debate pela Abolição espalhou-se entre a população. Em uma ação de propaganda, o movimento abolicionista utilizou uma flor como símbolo. Selecione a alternativa que indica que flor era essa:


a) Girassol

b) Margarida

c) Lírio

d) Camélia

e) Tulipa


44) A crescente tensão existente entre abolicionistas e escravocratas a partir da década de 1870 causava incômodo no governo monárquico do Brasil. O grande temor era que o debate causasse uma guerra civil no país, assim como havia acontecido em outra nação do continente americano. Selecione a alternativa que menciona que guerra civil é essa:


a) Guerra Mexicano-Americana

b) Guerra de Secessão

c) Guerra do Pacífico

d) Guerra do Chaco

e) Guerra dos Sete Anos


45) Leia as afirmações abaixo e selecione a alternativa INCORRETA:


a) A Abolição da Escravatura no Brasil não veio acompanhada de nenhuma política que possibilitasse o desenvolvimento econômico dos negros libertos.


b) A Lei Saraiva, de 1881, fez parte de uma reação conservadora que, prevendo o decreto da Abolição, criou mecanismos para impedir o voto dos analfabetos.


c) A Lei do Ventre Livre determinava que todo filho de escravo nascido após 1871 deveria ser liberto imediatamente sem nenhum tipo de indenização.


d) A Lei Saraiva-Cotejipe, também conhecida como Lei dos Sexagenários, libertava os escravos com mais de 60 anos de idade após três anos de serviço.


e) A Lei Áurea foi realizada como forma de as elites barrarem o avanço do debate sobre a reforma agrária.


46) Após a proibição do tráfico negreiro, em 1850, iniciou-se um processo de transição para a abolição que foi conduzido da maneira mais lenta possível pelas elites econômicas do Brasil. Desse processo foram criadas algumas leis, que, embora ampliando a liberdade para determinados grupos de escravos no país, foram vistas como mecanismos para retardar a abolição. Selecione a alternativa que apresenta o nome das duas leis:


a) Lei Feijó e Ato Adicional


b) Lei Eusébio de Queirós e Lei Saraiva


c) Lei de Terras e Lei Saraiva-Cotejipe


d) Lei Feijó e Lei do Ventre Livre


e) Lei do Ventre Livre e Lei Saraiva-Cotejipe


47) (G1 - ifsp 2012) Os índios resistiram às várias formas de sujeição, pela guerra, pela fuga, pela recusa ao trabalho compulsório. Em termos comparativos, as populações indígenas tinham melhores condições de resistir do que os escravos africanos. Enquanto estes se viam diante de um território desconhecido onde eram implantados à força, os índios se encontravam em sua própria casa.


(Fausto Boris. História do Brasil)

De acordo com o texto, é correto afirmar que, ao longo do período colonial brasileiro,


a) apenas os índios foram vitimados pela escravização imposta pelos portugueses, o que explica a sua rápida dizimação.

b) somente os africanos foram submetidos à escravização, pois os indígenas eram totalmente protegidos pelas leis portuguesas.

c) a escravidão fracassou e rapidamente foi substituída pelo trabalho livre e assalariado dos imigrantes europeus.

d) os africanos resistiram mais do que os índios à escravidão, pois eram bem mais fortes e, por isso, obtiveram maior êxito nas guerras e nas fugas.

e) tanto os índios quanto os africanos foram vítimas da escravidão portuguesa, contudo os índios conseguiram resistir melhor a tal processo.


48) (UFF) "Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda."

(Antonil, CULTURA E OPULÊNCIA DO BRASIL, 1711, livro 1, Capítulo, IX).


Assinale a opção que, baseada na citação do jesuíta Antonil, justifica corretamente os fundamentos da sociedade colonial.

a) A sociedade colonial se resumia ao mundo da casa-grande e da senzala, espaços fundamentais de um mundo rural mediado pelos engenhos açucareiros.

b) O ideal de sociedade colonial, segundo os inacianos, era o de uma sociedade de missões, o que explica a crítica do jesuíta Antonil à escravidão.

c) A estrutura social do Brasil Colônia era fundamentalmente escravista, uma vez que os setores essenciais da economia colonial, a exemplo da agro-manufatura do açúcar, dependiam do trabalho escravo, sobretudo dos africanos.

d) A sociedade escravista erigida na Colônia sempre foi condenada pelos jesuítas que, a exemplo de Antonil, desejavam ardorosamente que índios e africanos se dedicassem ao mundo de Deus.

e) A sociedade colonial possuía duas classes, senhores e escravos, pólos antagônicos do latifúndio ou da "fazenda" mencionada por Antonil.


49) (UNICAMP 05) O termo ‘feitor’ foi utilizado em Portugal e no Brasil colonial para designar diversas ocupações. Na época da expansão marítima portuguesa, as feitorias espalhadas pela costa africana e, depois, pelas Índias e pelo Brasil tinham feitores na direção dos entrepostos com função mercantil, militar, diplomática.

No Brasil, porém, o sistema de feitorias teve menor significado do que nas outras conquistas, ficando o termo ‘feitor’ muito associado à administração de empresas agrícolas.

(Adaptado de Ronaldo Vainfas (org.), Dicionário do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2000, p. 222).


a) Indique características do sistema de feitorias empreendido por Portugal.

b) Qual a produção agrícola predominante no Brasil entre os séculos XVI e XVII? Quais as funções desempenhadas pelo feitor nessas empresas agrícolas?


50) (UFRS - 2011) Observe, no mapa abaixo, as principais rotas de do tráfico negreiro para o Brasil.










A esse respeito, considere as seguintes afirmações.


I. A rota da Alta Guiné trazia escravos das regiões dos atuais Senegal, Guiné-Bissau e Serra Leoa para o denominado Estado do Grão-Pará e do MaranhãoII. A rota da Costa da Mina trazia escravos das regiões dos atuais Gana, Benin e Nigéria, para as capitanias setentrionais e meridionais da América portuguesa.

III. A rota de Angola trazia escravos para a capitania fluminense com ramificações que levaram ao estuário platino.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas I e II.

d) Apenas II e III.

e) I, II e III.


51) (G1 – CFTSC/2010) Onde houve escravidão, houve resistência. E de vários tipos. Mesmo sob a ameaça do chicote, o escravo negociava espaços de autonomias com os senhores ou fazia corpo mole no trabalho, quebrava ferramentas, incendiava plantações, agredia senhores e feitores. Rebelava-se individual e coletivamente. Aqui a lista é grande e conhecida. Houve, no entanto, um tipo de resistência que poderíamos caracterizar como a mais típica da escravidão – a fuga.


Adaptado de: SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2005. p. 207.


Assinale a alternativa correta:


a) Os escravos negros não pensavam em fugir das fazendas porque eram bem tratados com boa alimentação e acomodações confortáveis para o descanso.

b) Os africanos trazidos para o Brasil nos navios negreiros aceitavam pacificamente a situação de escravos, pois era comum esta prática em sua terra natal.

c) A Igreja católica, no período do Brasil Colônia, catequizava os escravos africanos fazendo com que eles aceitassem a escravidão como sendo a vontade de Deus, evitando assim a rebelião.

d) Uma das formas de resistência realizada pelos escravos no Brasil Colônia foram os Quilombos, formados por escravos fugidos que se organizavam em vilas e produziam sua alimentação.

e) No Brasil, o curto período de escravidão não deixou sinais de resistência por parte dos cativos africanos e indígenas.


52) O negro, na África, era encurralado pelo próprio negro; havia tribos que capturava o inimigo para vender, um Yorubá não considerava um Fon como seu semelhante, o considerava como inimigo e como individuo inferior que podia ser escravizado, e assim também acontecia entre outras tribos inimigas. O escravo negro era uma mercadoria cara, valia muito dinheiro.


a) EXPLIQUE porque a escravidão era uma atividade econômica que dava duplo lucro

b) EXPLIQUE o que era o “negro de ganho”.


53) Leia o texto a seguir.


“Antes mesmo dos europeus chegarem à África Ocidental já existiam variadas formas de escravidão, que alias, estenderam-se até o século XX. Predominavam os trabalhos domésticos e artesanais, porém houve importantes empreendimentos escravistas agrícolas e mineratórios, muitos similares ao do Novo Mundo. (...) O comércio de escravos na África é bem anterior ao tráfico negreiro praticado por europeus. Estes últimos aproveitaram a organização comercial já existente para consolidar seu novo negócio internacional.”

(LIBBY & PAIVA, p. 14)


a) Identifique, no texto, uma característica econômica presente em alguns impérios e reinos africanos.

b) Apresente uma diferença entre a escravidão existente na África antes da chegada dos europeus e a escravidão na América Portuguesa.


54) (UFU - 2011) Sobre os quilombos no Brasil colonial, é correto afirmar que:


a) formaram-se quilombos em várias regiões do Brasil, havendo o convívio entre populações escravas africanas e indígenas, tendo como principal exemplo o Quilombo dos Palmares, no atual estado de Alagoas.

b) os quilombolas dependiam da permissão dos senhores das propriedades próximas para transitar pelas cidades circunvizinhas, bem como para comercializar os produtos de suas terras.

c) todos os quilombos possuíam um exército próprio, de modo a proteger suas terras contra o avanço de inimigos, assim como uma complexa organização social.

d) as maiores populações quilombolas no Brasil formaram-se nas regiões de maior produção monocultora de exportação, como os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.


55) Era o pesadelo dos escravos no Brasil. Tratava-se de uma coluna de pedra ou de madeira, erguida em praça pública, na qual os negros que cometiam infrações eram presos e açoitados. Os primeiros exemplares foram construídos em 1558. Com o escravo amarrado ao poste, o homem do açoite, chibata na mão, aplicava a pena. O sangue escorria das costas e dos membros do condenado.


Para abafar seus gritos, tambores rufavam, atraindo a atenção dos passantes. Muitos não resistiam e morriam ali. O Largo do Pelourinho, em Salvador, tem esse nome porque, no século XIX, era um local de tortura.

DETERMINE as formas de resistência do negro africano frente à violência da escravidão.


56) (G1 – IFSP/2012) (…) vos ordenamos e mandamos a vós, e a vossos sucessores que cada um por si ou pelos seus ministros, assistindo com o socorro de uma eficaz proteção a todos os índios habitantes das províncias do Paraguai, do Brasil das margens do rio da Prata, e de quaisquer outros lugares, e terras das Índias Ocidentais e Meridionais; mandeis afixar editos públicos, pelos quais apartadamente se proíba, debaixo da excomunhão latae sentetiae (das quais os transgressores não poderão ser absolvidos senão por nós e pelos romanos pontífices) que alguma pessoa, ou seja secular, ou eclesiástica, de qualquer estado, sexo, grau, condição e dignidade

(...) se atreva, nem atente daqui em diante fazer escravos os referidos índios, vendê-los, comprá-los, trocá-los ou dá-los, levá-los para outras terras, transportá-los, ou por qualquer modo privá-los de sua liberdade, e retê-los em escravidão (…)


(Maria de Fátima Neves, Documentos sobre a escravidão no Brasil. São Paulo, Contexto, 1996)


De acordo com o texto, a Igreja Católica:


a) era expressamente contrária à escravidão dos indígenas no Brasil Colônia.

b) era bastante tolerante em relação à escravização dos indígenas durante todo o período colonial.

c) defendia a escravização dos indígenas, como único meio para purificá-los e garantir-lhes a salvação.

d) aceitava a escravização dos indígenas apenas nas atividades mais rentáveis, como a mineração.

e) proibia tanto a escravização dos indígenas quanto dos africanos em terras americanas.

A vida na América Portuguesa era controlada pela Igreja, que tentava impor aos vasssalos do Reino os padrões cristãos de comportamento. Esses padrões haviam sido definidos no Concílio de Trento, que se preocupou, prioritariamente, com os pecados da carne.


57) "O negro não só é o trabalhador dos campos, mas também o mecânico, não só racha a lenha e vai buscar água, mas também, com a habilidade de suas mãos, contribui para fabricar os luxos da vida civilizada. O brasileiro usa-o em todas as ocasiões e de todos os modos possíveis..." (Thomaz Nelson - 1846) Com relação à utilização do trabalho escravo na economia brasileira do século XIX, é correto afirmar:


a) com a independência de 1822, a sociedade escravista se modificou profundamente, abrindo espaços para uma produção industrial voltada para o mercado interno.

b) a utilização do negro africano na economia colonial brasileira gerou um grande conflito entre os vários proprietários de terras que mantinham o monopólio de utilização do braço indígena.

c) devido a sua indolência e incapacidade física, o índio brasileiro não se adaptou ao trabalho escravo.

d) a utilização de ferramentas e máquinas foi muito restrita na sociedade escravista; com isso, o escravo negro foi o elemento principal de toda a atividade produtiva colonial.

e) a abolição da escravidão, em 1888, deve-se principalmente à resistência dos escravos nos quilombos e às ideias abolicionistas dos setores mercantis.


58) (VUNESP) “No Brasil, costumam dizer que para os escravos são necessários três “Ps”, a saber, pau, pão e pano. E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo. (André João Antonil, Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas, 1711)


a) Qual a crítica ao sistema escravista feita pelo autor do trecho apresentado?


b) Indique dois motivos que explicam a introdução da escravidão negra na porção americana do Império português.


59) (CESGRANRIO) No Brasil, o quilombo foi uma das formas de resistência da população escrava. Sobre os quilombos no Brasil, é correto afirmar que o(a):


a) maior número de quilombos se concentrou na região nordeste do Brasil, em função da decadência da lavoura cafeeira, já que os fazendeiros, impossibilitados de sustentar os escravos, incentivavam-lhes a fuga.

b) maior dos quilombos brasileiros, Palmares, foi extinto a partir de um acordo entre Zumbi e o governador de Pernambuco, que se comprometeu a não punir os escravos que desejassem retornar às fazendas.

c) existência de poucos quilombos na região Norte pode ser explicada pela administração diferenciada, já que, no Estado do Grão-Pará e Maranhão, a Coroa Portuguesa havia proibido a escravidão negra.

d) quase inexistência de quilombos no Sul do Brasil se relaciona à pequena porcentagem de negros na região, o que também permitiu que lá não ocorressem questões ligadas à segregação racial.

e) população dos quilombos também era formada por indígenas ameaçados pelos europeus, brancos pobres e outros aventureiros e desertores, embora predominassem africanos e seus descendentes.


60) (Fafi-MG) Analisando as estruturas econômicas coloniais, o historiador Caio Prado Jr., assim se referiu ao tema da escravidão: “É aliás esta exigência da colonização que explica o renascimento, na civilização ocidental, da escravidão em declínio desde os fins do Império Romano e já quase extinta de todo neste século XVI em que se inicia aquela colonização”


A qual exigência da colonização o autor está se referindo?

a) Ao fato de o litoral brasileiro apresentar imenso potencial mineral e somente os escravos africanos terem a necessária técnica de extração.

b) À definição de uma colonização baseada na plantation, dentro dos padrões mercantilistas da época moderna.

c) À impossibilidade de se utilizar o trabalho escravo dos indígenas, visto que não se adaptaram de forma conveniente ao trabalho compulsório.

d) À especialidade própria das regiões americanas, que estavam a exigir a implantação de um amplo sistema de feitorias destinadas ao comércio dos produtos tropicais.



GABARITO 2:


31) C

32) A

33) B

34) Alternativa “c”. Nesta imagem vemos uma cena inusitada, onde temos dois negros africanos no Brasil vestidos conforme uma tendência que era Europeia. Provavelmente eram negros alforriados e tiveram alguma ascensão social. A resposta correta é a letra C, onde destaca o sapato, que tem um forte destaque na imagem e é um sinal de diferenciação de um negro liberto.

35) E

36) C

37) E

38) A

39) B

40) D


41) Alternativa “a”. A escravidão no continente africano, assim como nos continentes europeu e asiático, remonta à Idade Antiga. Antes mesmo do contato com muçulmanos e europeus, os reinos africanos subjugavam tribos inteiras e tornavam seus membros escravos. A prática de fornecimento de escravos a reinos fora do continente africano, por parte de reinos como Benin, Angola, Mali e Songhai, já era muito expressiva antes da colonização europeia da América. A entrada de portugueses e espanhóis no tráfico inaugurou a fase mais predatória e lucrativa de um negócio que já existia.


42) Alternativa “c”. Um dos efeitos mais patentes do fim do tráfico negreiro transatlântico foi a intensificação do tráfico interprovincial, isto é, entre as províncias do Império do Brasil. Essa nova modalidade de negociação de escravos deu sobrevida não apenas ao trabalho escravo em si, mas também à renda que se obtinha com a própria atividade dos traficantes.


43) Alternativa “d”. O símbolo do movimento abolicionista no Brasil durante a década de 1880 foi a camélia, cultivada por escravos fugidos em um quilombo instalado nas proximidades do Rio de Janeiro. A partir de sua associação com o movimento abolicionista, todos aqueles que usavam a flor ou a cultivavam em seus jardins estavam manifestando publicamente apoio à causa da Abolição.


44) Alternativa “b”. A Guerra de Secessão aconteceu nos Estados Unidos e foi responsável por aproximadamente 600 mil mortes. Um dos grandes fatores que levaram ao seu início foi a disputa política travada entre norte e sul na questão da expansão ou não da mão de obra escrava para os novos territórios no oeste. O governo brasileiro temia que a rivalidade entre abolicionistas e escravocratas levasse a um conflito tal como havia acontecido nos EUA.


45) Alternativa “c”. A Lei do Ventre Livre, decretada em 1871, não estipulava a alforria imediata para os filhos de escravos nascidos a partir de 1871. Ela determinava que os filhos de escravos seriam retidos até os 8 anos de idade e, caso libertos, seu antigo dono deveria ser indenizado. Mas se o “senhor” optasse, ele poderia permanecer com esse escravo até os 21 anos e, após isso, seria obrigado a libertá-lo. Nesse caso, não havia indenização estipulada.


46) Alternativa “e”. As duas leis em questão foram a Lei do Ventre Livre, de 1871, e a Lei Saraiva-Cotejipe, também conhecida como Lei dos Sexagenários, de 1884. Ambas foram vistas com desconfiança pelo movimento abolicionista, sobretudo a segunda, pois tinha o claro objetivo de retardar o decreto da Abolição no Brasil. A primeira libertava os filhos de escravos nascidos no Brasil após 1871 com 8 ou 21 anos, e a segunda libertava os escravos com mais de 60 anos após três anos de trabalho.


47) Alternativa “e”. Na história do Brasil colonial o trabalho escravo foi determinante para a produção na terra e tanto os africanos como os nativos da terra (índios) foram escravizados pelo colonizador. O autor destaca que ambos resistiram à escravidão, porém os índios possuíam uma condição melhor de resistência por conheceram a terra.


48) Alternativa “c”.


49) a) Por meio do sistema de feitorias, a metrópole restringiu sua ação ao âmbito mercantil, procurando estabelecer contatos comerciais com as populações nativas.

Estas lhe forneciam mercadorias de elevado valor no mercado europeu, em troca de produtos de baixo valor ou do pagamento em moedas.


b) Nos dois séculos iniciais de nossa História, a produção agrícola predominante foi a da cana-de-açúcar, que se organizou no sistema de plantation.

Nesse tipo de empresa agrícola, o feitor era o principal representante do grande proprietário. Ele gerenciava todo o sistema produtivo, isto é, era responsável pela organização do trabalho escravo, o plantio e todas as etapas da produção do açúcar.


50) Alternativa “e”. As afirmações retratam a interpretação do mapa e a questão exige certo conhecimento atual no tocante aos nomes das regiões que forneciam escravos para os portugueses durante o período colonial do Brasil.


51) Alternativa “d”. Os quilombos eram comunidades de negros foragidos, também recebiam índios e brancos. Conhecidos como mocambos, geralmente se constituíam em locais de difícil acesso e buscavam a autossuficiência. Normalmente os quilombos produziam os gêneros necessários à sua sobrevivência e realizavam trocas com vilas ou cidades próximas.


52) a) Porque os senhores lucravam com o trabalho do escravo e com o comércio do mesmo.

b) O negro de ganho era um escravo alugado por seu senhor para trabalhar para outra pessoa sendo que a remuneração pelo trabalho ficava com o dono do escravo.


53) a) A utilização de escravos na lavoura e na mineração; a prática de comércio de escravos.


b) Na África, o escravo não era visto como uma propriedade de outra pessoa. Já no Brasil, o cativo tornava-se uma mercadoria que podia ser comprada e vendida.

A condição de escravo na América Portuguesa era permanente. Na África, a escravidão era temporária.

Na África, filhos de escravos nasciam livres, o que não ocorria no Brasil.


54) Alternativa “a”. A resposta é a única possível, apesar de pequeno erro ao mencionar “populações escravas africanas”, pois o quilombo se constitui justamente daqueles que fogem da escravidão. No entanto, considera-se que a proposta era destacar o convívio de setores marginalizados, os africanos, ex-escravos foragidos com indígenas em situação similar. Vale lembrar que, apesar de minoritária, houve escravidão nos quilombos, mesmo de pessoas de mesma situação ou origem étnica.


55) A escravidão nunca foi aceita pelos negros africanos e estes reagiram a esta prática de diversas formas: através do banzo, infanticídio, suicídio, assassinato dos senhores e feitores e através das fugas para os quilombos.


56) Alternativa “a”. O texto, de difícil leitura e interpretação para o estudante, faz referência à postura adotada pela Igreja Católica frente à escravidão indígena no Brasil colonial. A Igreja Católica procurou desenvolver uma política de denúncia da escravização de índios por parte de alguns fazendeiros, interessada em promover a catequese dos nativos, ampliando sua influência na América. Por conta de tal postura, sofreu intensamente com a ação dos bandeirantes.


57) Alternativa “d”.


58) a) Realizando a construção de uma alegoria baseada nos chamados “três Ps”, o autor demonstra que a violência era largamente utilizada para se promover o controle da população escrava em terras brasileiras. Em contrapartida, o fornecimento de alimentos e vestimenta para essa mesma população escrava era feita em escala menor, já que o interesse primordial dos colonizadores era explorar ao máximo essa força de trabalho, tendo o menor gasto com a mesma.


b) Entre os motivos que explicam a adoção da escravidão negra na colônia podemos destacar a impossibilidade e indisponibilidade dos portugueses em ocupar os postos de trabalho criados pela atividade colonial; e o grande volume de capitais acumulado por meio da obtenção e venda dos escravos africanos que, de fato, constituíam uma segunda atividade econômica lucrativa.


59) Alternativa “e”. Apesar de terem a predominância dos africanos, os quilombos também foram de grande importância para a formação de espaços onde figuras marginalizadas da sociedade colonial fossem agrupadas. Nesse sentido, observamos a existência de uma população diversificada no interior dessas comunidades formadas à margem da lógica colonial.


60) Alternativa “b”. Observando o processo de desenvolvimento da economia colonial, notamos que a opção pelas plantations impõe a utilização de um grande número de trabalhadores em curto espaço de tempo. Desse modo, a escravidão africana coloca-se como importante solução, tendo em vista que os portugueses dominavam vários entrepostos no continente africanos, desde o século XV, e poderiam fomentar outra atividade comercial lucrativa com a venda de escravos para a colônia.


------------------------------------------------------------------------------------------------------------


61) (UFMG) Leia os versos:

"Seiscentas peças barganhei / - Que pechincha! - no Senegal / A carne é rija, os músculos de aço, / Boa liga do melhor metal. / Em troca dei só aguardente,/

/ Contas, latão - um peso morto! / Eu ganho oitocentos por cento / Se a metade chegar ao porto".


(Heinrich HEINE, apud BOSI, Alfredo. DIALÉTICA DA COLONIZAÇÃO. São Paulo: Cia. das Letras, 1992).

a) IDENTIFIQUE a atividade a que se referem esses versos.

b) Cada uma das estrofes desenvolve uma ideia central. IDENTIFIQUE essas ideias.


62) (UFG-GO)

Era um sonho dantesco … O tombadilho Que das luzernas avermelha o brilho,

Em sangue a se banhar. Tinir de ferros … estalar de açoite …

Legiões de homens negros como a noite Horrendos a dançar…

Alves, Castro. O navio negreiro. Canto da esperança. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. p 127.

O poema O navio negreiro (1868), ao descrever as condições desumanas do tráfico de escravos, trans­formou-se em símbolo da campanha abolicionista na década de 1870. No entanto, deve-se ressaltar que o marco de mudança das relações escravistas ocorreu em 1850, com a Lei Eusébio de Queirós. Fazem parte dessas modificações, além da abolição do tráfico de escravos, o impulso à imigração, um incipiente surto industrial, a modernização e o crescimento das cida­des. Sobre esse contexto:

a) descreva a atuação da Inglaterra na extinção do tráfico de escravos da África para o Brasil;

b) estabeleça a relação entre a extinção do tráfico de escravos africanos para o Brasil e o início da industrialização brasileira.


63) (Vunesp) Observada a abolição de uma perspectiva ampla, compro va-se que a mesma constituiu uma medida de caráter mais político que econômico.

Celso Furtado. Formação econômica do Brasil.

Interprete o texto apresentado, começando pela análise dos interesses divergentes escravistas/an­tiescravistas.


GABARITO 3:


61) a) O texto faz referência ao processo de obtenção de escravos na costa africana.

b) Na primeira estrofe, observamos a descrição da negociação feita para a obtenção de escravos, tendo especial destaque o vigor dos negros obtidos no litoral africano. Já na segunda parte, observamos que o traficante que fala no poema, quantifica a alta lucratividade que terá se metade dos escravos capturados chegarem vivos até à colônia.


62) a) A extinção do tráfico negreiro foi uma das exigências da Inglaterra para o reconhecimento da independência do Brasil em 1826 e formalizada por uma lei em 1831, ignorada pela aristocracia rural brasileira. Em 1845, a Inglaterra publicou o Bill Aberdeen, recorrendo ao uso da força contra os navios negreiros.

b) O fim do tráfico negreiro para o Brasil proporcionou a geração de capitais excedentes, investidos na ampliação de lavouras e em manufaturas e equipamentos necessários à modernização da cafeicultura, o que permite afirmar que o fim do tráfico negreiro favoreceu o início da atividade industrial no Brasil no século XIX.


63) Os escravistas eram membros de uma elite conservadora e os abolicionistas faziam parte de grupos defensores de uma evolução dentro da ordem.

Esses fatos ocorreram às vésperas da Proclamação da República e foram causados pela pressão dos militantes, dos abolicionistas e até pelo fato de o Brasil ser uma das últimas nações a manter a escravidão


Nenhum comentário:

Postar um comentário